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Sopro do Coração

Desabafos de uma mulher de 30 e tal anos que agora já está nos entas

Sopro do Coração

Desabafos de uma mulher de 30 e tal anos que agora já está nos entas

Maio 31, 2007

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Após muitas conversas, com algumas amigas minhas, cheguei à conclusão que afinal de contas o meu casamento até não é assim tão mau. Aliás, não é mesmo nada mau.

Temos problemas? Claro que sim.
Mas temos aprendido a viver com isso e a lutar para resolver os nosso problemas. Eu também sei que, muito do que temos conseguido para a nossa relação, tem sido pela minha persistência . Eu nunca desisto daquilo que quero. Eu sei que sou eu que faço andar o barco, que remo contra a corrente, mas o meu marido vai comigo, não fica para trás à espera que a maré mude.

Eu fico completamente transtornada com as coisas que oiço as minhas amigas dizerem. Como é possível as pessoas viverem como elas vivem?

Quantas vezes, oiço dizer, coisas deste género:

"Eu não quero nem saber. Se o Y não se esforça, não sou que o vou fazer"
 "Eu quero é que o Y não me chateie a cabeça e me deixe viver a minha vida descansada"
"Sexo com o Y é uma porcaria, não me satisfaz nem um bocadinho"

Mas o pior que já ouvi até hoje, foi da boca de uma grande amiga minha:

"Olha, o R. a única coisa que quer fazer é trabalhar e vir para casa enfiar-se no escritório e agarrar-se ao pc . Por isso, comecei a viver para mim e para a minha filha. Quero é o dinheirinho na conta todos os meses, e o resto que se lixe."

Como é que alguém consegue viver com alguém assim?

Eu não conseguia.

Quantas vezes já lhe tenho perguntado, se ela já experimentou falar com o marido e explicar-lhe que não é feliz assim. E a resposta que obtenho, é sempre a mesma:
"Para quê? Para me chatear? Nem pensar. Olha e tu devias fazer o mesmo. Deixavas de ter chatices com o teu R."

De facto, assim deixava de me chatear. Mas à custa do quê? Da minha dignidade? Da minha auto-estima? Da minha própria felicidade?
Acho que não vale a pena.

Mas em dias como o de hoje, em que me sinto cansada de remar e de lutar, dou por mim, ainda que por breves segundos, a pensar se elas não terão razão e eu estarei errada.

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